Dilúvio

O Sangue da Vida que escorre dos meus cabelos
Ilumina os meus lábios
E refresca o meu peito escaldante.
É fruto da humildade mais possante
Desses Seres tão sábios
Que humildemente deixam de ser gases
E unem-se pela força das tenazes
Protônicas das Menores raizes
Para que existam todos os matizes
De vida sob o olho solar...

Assim é, também, quando estão a Amar
Dois seres liquefeitos que tornam à chuva
Um filho do calor da pimenta
E outro do frescor da uva
Que trazem preservada dos antes e durantes
Sem depois, a relação biunívoca sedenta
Entre os dois, no perene dilúvio dos eternos Amantes...











Aldo Urruth
Enviado por Aldo Urruth em 26/08/2012
Reeditado em 26/08/2012
Código do texto: T3850107
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