Se vem a Saudade e o choro do mundo, eu chovo também;;;

Quando não ouvires a voz de mais ninguém
E te sentires como único alguém
Saibas que estarei contigo, Amém!

E nas vezes em que estiveres esvaziada
Com os cotovelos sobre a távola povoada
E as mãos como asas de Condores
Abraçando o teu rosto
Cada uma a cada hemisfério do teu desgosto

A procurar na “Posta Restante”
A carta que jamais chegaria
E nenhum carteiro a entregaria
Porque, nenhum analfabeto de Alma
Jamais a escreveria.

Quando não ouvires a voz de mais ninguém
E te sentires só, como único alguém
Ouças o som do meu pranto-canto
Que, em Esperanto
Te diz que nos sobra o além

E eu te direi:
Que se for por sozinha
Te acompanharei

Porque me ensinastes dadivosa Baiana
A sonhar e Amar nesta forma Humana.

É que se não se compreende o que diz o espelho
Das nossas consciências
Todas as ciências juntam-se num relho
Que nos bate forte
E se não acordarmos antes desta sorte
Nem que seja mesmo “ a baixo de cola”

Só resta o fechar, e a morte da Escola
E o mundo a gemer
Ao grito silente
Da nossa esperança
Sepultada Viola....


( Isto eu dedico para mim mesmo: Maria Angela Silva )


 
Aldo Urruth
Enviado por Aldo Urruth em 27/08/2012
Reeditado em 23/03/2014
Código do texto: T3851894
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