Odeio-te

Por rir-me quando não mais estás perto.

De incerto poder vê-la num mundo de hábeis desatinos.

Odeio-te por fazeres o que queres de mim, enfim,

Em fim do que já parecia perdido.

Odeio-te por escrever, sem ler, saber o que

decerto, errante se torna meu peito por você.

Odeio-te porque mexes comigo e conhecer-te,

Amiga, quero-lhe, insano, sem plano.

Odeio-te por amar-te e se assim for amor,

Odiar-te, num paradoxo de prantos.