Espera
Esperei-te, olhando ao longe
na linha do horizonte.
Gaivotas trajando nuvens
voavam no céu.
A brisa salgada me envolvia.
O vento forte me sacudia.
A sua imagem na distância eu definia,
como num sonho ou ilusão.
O mar de ondas agitadas.
Açoitam os rochedos,
fazendo-os gemer baixinho.
Com meu coração solitário.
Esperei-te, sentindo a brisa molhada,
deixando meu rosto lavado,
juntando-se ao pranto meu.
Esperei-te por toda uma vida,
sem mesmo um gesto de adeus.
Esperei-te, nas noites e nos dias.
Contando as horas do dia e
vendo o tempo passar.
Como um velho navio que chega e
logo vai embora, levando consigo
os sonhos de alguém.
SP/07/2012*