Embriaguês e doçura

O amor, quando existe não se silencia

sequer tem em si sua própria nudez.

Entrega-se de alma ao possível precipício

que descobre e geme e berra

pela insensatez que se aproxima.

Aquele que dessa loucura vive,

não quer distanciar de si, a insanidade.

Quem o merece e possui de outro ser

essa dádiva, sabe bem

do que é morrer e aparecer de novo

ingerir nos olhos de quem se ama, o encantamento,

o irreprimível vinho que arde a pele

e a vida, em embriaguês e doçura.

Tatiane Gorska
Enviado por Tatiane Gorska em 16/09/2012
Código do texto: T3884676
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