Pela Janela... Aberta

Acordo.

Sinto meu rosto molhado,

Ao meu lado,

Ela ainda dorme,

Olho pela janela, aberta, e lá fora...

Chove.

Naquela noite algum deus chorava,

Ou, lá no topo do Olimpo,

Divertia-se com seu poder divino,

Molhando-nos com a água que entrava pela janela...

Aberta.

Molha nossa cama e o corpo lindo dela,

Completamente nu, umidecido,

Embora ela permanecesse dormindo,

E, vendo essa cena majestosa, eu...

Acordo-a.

Sonolenta e sem compreender,

Ela pergunta-me sobre a janela,

Envolvo aquele corpo no meu

E digo que a deixarei aberta...

Deixei-a.

E nos amamos,

Com a iluminação

E trilha sonora

Das brincadeiras de Zeus.

André Espínola
Enviado por André Espínola em 22/02/2007
Código do texto: T389635
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