Amor, Amiga e Companheira

Nesta manhã singela e calma,

De azulado céu e brisa fresca,

Ouvindo a passarada orquestrar

Melodiosos cantos redobrados,

Quero sair contigo, amor,

Andar pelos caminhos ermos

E ver a flor silvestre e rústica

Brotando triunfante nos barrancos

Que margeiam a estrada da Gerusa...

Preciso olhar-te ao meu lado,

Fazer-te minha amiga inseparável,

Companhia eterna, alma solidária;

Saber que nos amamos muito

E não suportamos viver separados...

Vem, amor, vamos passear agora,

Abraçados, de mãos dadas,

Antes que os pássaros se recolham

E a brisa fuja dos raios do sol...

Vamos depositar a infiel desconfiança

Na cova mais profunda do caminho

E sepultá-la sob ramos de alecrim,

Até que ela, esquecida, nos abandone

E desapareça sem deixar vestígios...

Outubro de 2011