SI (S)

A alma se inclina

e em estado de alerta

acende sem ser concreta

O pensamento, agora sentimento

Abraça um momento sem definição

Corpos transparentes

Exalando sensações

Descansam faíscantes

Dentro de si (s)

Há uma luz que insiste em viver

No âmago das cavernas

Das nossas cabeças

Iluminando com fúria

As chuvas e os raios que

crescem nos tropeços das fugas

Sem tempo para as paisagens

Descanso ofegante em seus carinhos,

Somente carinhos

Na pressa absorvo o tempo

Como um veneno líquido

Que me destrói lentamente

Na medida em que insisto em viver

Nem o reflexo no espelho

Nem as fotografias me definirão

As coisas principais

ficaram presas na memória

Exatamente agora!

não sou eu nem mais, os traços

de quem escreve.