AMOR, SAUDADE E PRIORIDADE (Poema para Basilissa n. 2.081)

(Sócrates Di Lima)

Na tarde que principia,

Lembrança dela me arrepia,

A saudade virou mania,

Não importa se é noite ou dia.

Até se faz nostalgia,

Olhar o dia lá fora,

Pois, a distância, até outro dia,

Não existia, até vir embora.

Ai a mente busca o que parece impossível,

Senti na brisa súbita o perfume que revoa,

Mistura-se e me envolve no permissível,

E deixa meu corpo levitado como quem voa.

Então saio de mim....

Como uma fragrância que enfeitiça,

Um colorido jardim,

Perfumes e cores de Basilissa.

Desejo que me alicia,

Sevicia....

Que minha saudade vicia,

E não me deixa, mesmo que por vezes queria.

Doces votos de castidade,

No compromisso irreverente da vontade,

Dela, explícita cumplicidade,

Amor e saudade na conclusiva lealdade.

Somos a mistura de uma doce perenidade,

Que se multiplica e se estende,

Faz o elo na sanidade e insanidade,

Que somente o amor nos entende.

E ela fica brava quando não me cuido,

Deixo exalar na penumbra do depois,

O comodismo que às vezes me descuido,

Pois preciso estar bem pra ela, pra mim, pra nós dois.

Ah! E como Basilissa tem razão,

Pois, o amor amigo não está só na paixão,

Tem que estar em tudo, e não na opção,

Na hora que me distraio e corro o risco de ser vacilão.

Às vezes até fico "emputecido",

Por não entender tanto cuidado assim,

Então compreendo que num momento não percebido,

Ela lém de me amar, quer cuidade de mim.

Quem cuida ama,

Quem ama cuida,

É permanente chama,

Vigiando a vida.

Aí, dá para entender o que realmente é o amor,

Não apenas dizer: - Eu te amo, morro de saudade,

É preciso acima de tudo, o cuidado e dar valor,

A quem realmente nos trata com prioridade.

Assim, só tenho que agradecer minha véinha,

Por ela ser o que sempre foi e deverá ser pra mim,

Pois, na vida dela e na minha,

Além do amor um bem querer sem fim.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 08/10/2012
Reeditado em 08/10/2012
Código do texto: T3922113
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