Esse amor me mata
Ai esse amor de graça
Na noite me abraça, ameaça
Fingindo que nada existe, que triste
Realidade que persiste e insiste
Dias falsos, fajutos
Marujos de águas rasas
Em um paraíso tão matuto
Querendo abrir suas asas
Sem graça, na curva do seu riso
De falsas raivas escondidas
A seguir o som do guiso
E friso amor no labirinto da medida
De curvas, olhares e partidas
Esquecidas em cobertas emboladas
Malvadas aos raios solares
Lembrando os amantes de volta a seus lares