Morrer de Amor

Se é verdade que de amor se morre
surpreende-me não ter morrido ainda
pois a paixão que me consome
é incomensurável e é infinda.

Quando o fascínio inebria minh'alma
e torturado meu peito alucina
basta-me teu corpo em minha mente
que todo meu ser se anima novamente.

Amor que eu amo loucamente
num capricho veemente do meu coração
arrebata-me do mundo real
e me coloca perdida no mundo da ilusão.

Vivo com o prazer e a aventura
misturando-se no âmago do meu delírio
pois te vejo em minhas utopias
a mim te abrires em forma de lírio.

Ah, qüão morta já estou!
Que até vejo na terra os anjos
orquestrando a marcha nupcial
de um amor que principia e não tem final.

Coração que arde como fogo abrasador
deixa que nele o meu amado impere
pois se a saudade tomar conta de mim
como impedir que minha vida degenere?!

Ah, se de amor ao morrer se vive
e no prazer almas gêmeas suprem-se de desejo
deixa que teu espírito ao se eleve
e ressuscite pela carne ao sabor do meu beijo!

 

Maria Luiza D Errico Nieto
Enviado por Maria Luiza D Errico Nieto em 25/02/2007
Reeditado em 19/07/2023
Código do texto: T393071
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