Justiça

E o Juiz perguntou ao demandante:

-A que pena, Senhor Comerciante,
Deverei eu sentenciar
A esse velho bêbado e faminto que comeu-lhe
Uma bandeja inteira
De mudas de alface, do primeiro
Até o quadragésimo oitavo exemplar
Do seu viveiro?

-Meritísimo!
Condene-o a ir todos dias
Lá em Casa Almoçar...

Não digo que pouse
Se não tomar banho
Mas pode jantar...

E, a cada amanhã,
Que ele conseguir
JUSTIÇA AMIGA!
Depois de dormir
E sarar do porre
Mande-o aparecer
Pra matear comigo
E a gente prosear
Enquanto não se morre...

Sobre que a vida não se deve roubar
Mesmo a de um pé de Alface
Ou um de feijão
Que é assim que nasce
E que brota o Fim da Nação...


( Dedico este a uma Amante da Justiça e de quem vou deixar apenas as iniciais aqui, para não comprometê-la: Doutora MARIA ANGELA SILVA, minha "Personal Anja" )

Aldo Urruth
Enviado por Aldo Urruth em 22/10/2012
Reeditado em 24/10/2012
Código do texto: T3945857
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.