PRESSÁGIO

Da primeira vez que te vi era a indiferença

Teu olhar sorria falso e distante

Escondia qualquer coisa como o tudo e o nada

O perto e o distante se cruzaram

E em minha mente não sentia mais medo

Aos poucos senti aquela indiferença se modificando

O seu sorriso estava tão próximo

Meu coração saltou em teus braços

Tornei-me escravo teu

Desse amor que me consome inteiro

Dessa cilada que é te amar

Da última vez eu não sei

Com certeza te amei enquanto vivi

E quando morri, esperei tua face

Enrugada e velha a me olhar com carinho

Mesmo assim tu eras aquela menininha

Trazendo-me de volta em tuas lembranças

Neste dia já farto do teu amor

Consumido pelos dias da tua alegria

Talvez observando a memória esquecida

Ou o epitáfio lapidado na herança

Venha de novo a lembrança

Apenas para te dizer...

Eu não sei!!!

E como não sei, te procuro

Busco teu rosto tão jovem de menina

Teu sorriso tão doce de mulher

Pergunto às estrelas este segredo

E ao vento indago sobre a direção

Mas como é bom te amar e não saber

Pois seria muito triste te olhar

Pela última vez...

jairomellis
Enviado por jairomellis em 27/02/2007
Código do texto: T395099
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