Eu sei que te amo...
Quando a noite chega
e não te encontro...
Quando o dia nasce
e estás longe de mim...
Quando a tarde passa
e vejo meu caminhar solitário,
então, eu me sinto, apenas,
nos braços da paixão!
Me alimento das quimeras e da ilusão...
e vejo adornar de fantasias
os meus versos de amor...
E me pergunto:
porque não estás presente,
porque devo martirizar-me de desejos,
pois só nos sonhos eu tenho os teus beijos...
só na alma eu guardo teus encantos...
Como loba faminta,
volto à trilha do poema,
percorrendo todo meu dilema de amar,
sem ter meu bem aqui comigo...
E não percebo, também, porque consigo
suportar essa dor, que me acompanha...
E embora saiba que é tamanha
a vontade de estar contigo,
retorno triste ao travesseiro,
lamentando tua ausência...
E, entre lástimas e dores, eu reclamo
que suporto tudo isso, apenas e tâo somente,
porque te amo!