DEVANEIOS

Naquele vazio que os poetas chamam de saudade,

Mergulho a mente para encontrar-te,

E só abraço a tua sombra...

E naquele abismo que os poetas chamam de tristeza,

Caio, empurrado pela solidão

Que me traz a tua "não presença",

Tateio nos labirintos das lembranças,

E vejo-te qual deusa entregue aos meus abraços,

Com os lábios sedentos... insaciáveis,

A devorarem meus beijos,

Com ânsia e com loucura...

Vejo-te em meus braços,

Qual pássaro indefeso,

Desejosa em ficar presa em minha mão aberta...

Dominada

Por laços de paixão.

Que nem a distância consegue desatar.

Sonho sem dormir...

A noite é longa mas se torna rapida...

Peço para que nunca chegue a madrugada...

Peço que eu nunca mais acorde,

Para não sofrer na realidade da tua ausência.

http://sadefreitaspoesias.sites.uol.com.br/index.htm

Sá de Freitas
Enviado por Sá de Freitas em 27/02/2007
Código do texto: T395397