O amor nos tempos da cólera

Estou com você minha querida

Estou a desejar cada instante

Da sua sublime presença

Te quero com o mesmo ardor de outrora

Quando nossos corações eram pequenos

Para tamanho sentimento

Guardo sua lembrança num verso

Que canta as venturas e as dores

De algum poeta aventureiro

Te choro na arpa de uma valsa

No enlevo das noites

Que brincam n’alma branda

Como os seus lábios brincam no nácar da minha pele

Sobrevivo das trocas de olhares

Dos suores das mãos palpitantes

E do descompasso do peito

Que se agita no ânimo dos seus passos ondulosos e soberanos

O furor dessa inquietação

E a majestade dos seus intentos

É que me consolam a anima

Para não sucumbir aos pálidos venenos da solidão.

À Gabriel García Márquez

Carol S Antunes
Enviado por Carol S Antunes em 02/11/2012
Reeditado em 02/11/2012
Código do texto: T3965411
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