Cocares

A mim
Que vim do tudo
E empoeirei-me em nada
Resta a única Esperança
Nesta estada:

A de volver a Ser
O pó da estrada
E antes de sepulto
E de receber o indulto
Pelo não Viver

Que eu seja o fio
Da mão que corta o pão
Para dividí-lo

Que, se não for aquilo
Pobre de mim...

Que o inferno me acolha
Porque sou
Querubim traidor
E não tenho escolha...













Aldo Urruth
Enviado por Aldo Urruth em 04/11/2012
Reeditado em 11/11/2012
Código do texto: T3968366
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