Exílio

Toma do leme, guia teu barco,

Pela relva tenho a companhia da solidão

Onde não há torvelinhos que parecem alçapão

Nem recursos de sobrevivência que são parcos.

Busca do horizonte o que a vista não alcança,

Através da paisagem hei de encontrar o mundo novo

Isento dos enlevos passionais e do olhar do povo

E sem submergir-me ao desvario das águas que encanta.

Navega pelo silêncio marinho da consciência deserta,

Nos cascalhos em que piso a natureza desperta

E me faz cantar um hino de sentimento saudosista...

Mergulha perante o sol que te joga na areia,

Meus passos estão carentes do amor que incendeia

E me faz palpitar um coração delinqüente e malabarista!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 05/11/2012
Código do texto: T3969711
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