Das flores não nascidas ao novo dia

Há no vazio um pesado silêncio

Silencio o passado assombrado

Sombreado é um canto pensado

Pensa, cada palavra não dita

Ditado no oco em suspenso

Penso e suspiro afogueado

Fogo de brasas adormecidas

Dormentes e trilhos quebrados

Quebrada a vontade esvaída

Vai-se e acena as despedidas

Despacham-se dúvidas vãs

Vãos não nos completam vidas

Vívidas lembranças sentidas

Sinto as tantas carícias distantes

Distam as paixões das presenças

Presentes de futuros ausentes

Ausências comungam no passado.