Espinhos Selvagens

Eu amo, amo... amo muito!

Mas sou vítima do terrível silêncio

Que ensurdece os tímpanos da madrugada...

Eu choro, choro... choro muito!

E minhas lágrimas vagueiam em meu corpo

Ciceronando o coração perdido nos lamaçais das estradas...

Eu sofro, sofro... sofro muito!

E os ventos da noite sufocam minha voz

Para que no despertar o amor em mim seja mais nada...

Eu quero, quero... quero muito!

Correr alucinado pelas veredas que mapeiam o tempo

E me deixar abraçar pelas fontes de fictícia alvorada...

Cansado hei de prantear um destino sem sedução

E perecer perfurado pelos espinhos da própria emoção!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 08/11/2012
Código do texto: T3975935
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