AMOR PERDIDO

Meus caros, meus irmãozinhos, encantai o olhar do amor perdido
Que o olhar do amor perdido está me invadindo
E está me despertando das trevas.
Meus caros, meus irmãozinhos, facilitai os beijos do amor perdido
Eles são experientes, molhados e ansiosos
E conhecem os meios de arrancar a devassidão de todas as carnes.
Meus caros, meus irmãozinhos, e vós que adorais a criação da minha alma
Encantais o coração do amor perdido
Que o coração do amor perdido libera o meu sono
E origina matiz alegre para os olhos meus.
Púbere consola e me ama quando eu caminho perto da noite
Traz-me para o contato inocente de tuas roupas
Leva-me aos braços desse amor perdido
Eles são cuidadosos, ficam abertos inquietos sobre meu corpo
São como suportes trescalando resina arejada
São como duas eloqüências que me ascendem.
Seguro “do Mar da Vida”, adquire a minha carcaça o amor perdido
Prenda-me no seu ventre como o prado matutino
Prenda-me às suas costas como a água fluindo quente.
Cândido jovenzinho das alamedas, reza para vir o amor perdido
Ora para vicejar as asas do amor perdido
Ora para a juventude inquietar dentro do amor perdido
Que o amor perdido está endireitando as minhas fraquezas
E está causando ânimo para o meu coração.
Meus caros, meus irmãozinho, e vós todos que conservais ainda minhas derradeiras canções
Daí vida plena ao amor perdido!
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 02/08/2005
Reeditado em 15/04/2006
Código do texto: T39776
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