MANHÃ, CHUVA E SOLIDÃO

MANHÃ, CHUVA E SOLIDÃO

(José Ribeiro de Oliveira)

Manhã de sol escondido

De chuva fina sem trégua

Que usei como desculpa

Pra me lembrar de você

E ritimando com os pingos

Que vi da chuva caindo

Cadenciei o meu peito

Na melodia do vento

Me distraindo no teu leito

Puro de amor e paixão

Me entrelacei no teu corpo

Perdi-me de emoção

E enquanto a chuva caía

Te amei com tanto desejo

E me perdi no ensejo

Nem sei por quanto durou

Movido por teus carinhos

Sob sonoro chover

Se morresse não saberia

Que era só nostalgia

Que dominava o meu ser

O canto do bem-te-vi

Pousado bem na janela

Me despertou do engodo

De estar lá nos braços dela

E o pensamento voltando

À solidão do meu quarto

Quase com chuva parto

Para me encontrar com ela

Mas não sei por onde anda

Só por pensamento eu acho

Em cantos que nunca andei

Isto é paixão, eu sei

Conseguiu me distrair

Chove ainda e faz frio

Com o coração por um fio

Vou retornar e dormir.

Professor José Ribeiro de Oliveira
Enviado por Professor José Ribeiro de Oliveira em 10/11/2012
Código do texto: T3978165
Classificação de conteúdo: seguro