Sinhá Minha

Só mesmo por bem querer

Por lapso ou desatenção

Bom desafio é saber

Manter-me na direção

Baldo de sorrisos, muitos

E posso lhe assegurar

Intentem co'afinco, mistos

Jamais irão desvendar

Da fonte que tomo dessas

Sebitos não veem por lá

Tortuosa é a trilha d'Bessa

Corisco assusta por cá

Aconselho: busques d’outras

Mais fáceis de equilibrar

Se te perderes co'as ostras

A mim não podes culpar

O sangue quente nas veias

Garante de eu não topar

Com as coisas todas alheias

Que intentarão amargar

Jiló só em terra vizinha

Aqui só fruta-juá,

Poeira de terra minha

Darei a quem vir “roubá”

Cuidarei da nossa vinha

Do campo verde, o pomar...

E te farei “Sinhá minha”

Mui digna de todo olhar

Eu bebo essa uva, menino

E faço de encaminhar

Para casa do meu destino

Que ela anuíra por lar

Eustáquio Leite
Enviado por Eustáquio Leite em 10/11/2012
Reeditado em 11/11/2019
Código do texto: T3978829
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