Sinhá Minha
Só mesmo por bem querer
Por lapso ou desatenção
Bom desafio é saber
Manter-me na direção
Baldo de sorrisos, muitos
E posso lhe assegurar
Intentem co'afinco, mistos
Jamais irão desvendar
Da fonte que tomo dessas
Sebitos não veem por lá
Tortuosa é a trilha d'Bessa
Corisco assusta por cá
Aconselho: busques d’outras
Mais fáceis de equilibrar
Se te perderes co'as ostras
A mim não podes culpar
O sangue quente nas veias
Garante de eu não topar
Com as coisas todas alheias
Que intentarão amargar
Jiló só em terra vizinha
Aqui só fruta-juá,
Poeira de terra minha
Darei a quem vir “roubá”
Cuidarei da nossa vinha
Do campo verde, o pomar...
E te farei “Sinhá minha”
Mui digna de todo olhar
Eu bebo essa uva, menino
E faço de encaminhar
Para casa do meu destino
Que ela anuíra por lar