FECUNDO

A janela se encontrava entreaberta

E a cortina de renda a bailar ao vento...

No ângulo da ansiedade sentimentos despertos...

O corpo deitado na cama,

os olhos na janela fitando o azul claro da manhã...

Detive-me nas nuvens...

Elas transmutavam efêmeras figuras imaginárias...

O corpo deitado na cama morno, quase desperto,

meu olhar deitava-se na penumbra...

Tu dormias, o sono dos anjos...

Olhos suavemente fechados, expressão sonhadora...

Aconchegado ao travesseiro tinhas a mão esquecida sobre a coxa...

Respiração ritmada, uma intenção de sorriso, abandono sereno...

A janela entreaberta...

Os raios de sol batiam em teus cabelos...

Teu corpo jogado, inerte, vulnerável...

Meus olhos te cobriam de ternura

passeando pelo teu ser...

Tocando-te na imaterialidade...

Virei-me de lado e naquela inevitável adoração,

observando teus traços num mundo tão teu...

O que sonharias nesse momento?

Onde voaria essa mente tão rica de sentimentos?

No mundo dos sonhos...

O que mereceria a atenção dos olhos teus?

A janela estava entreaberta...

Na vulnerabilidade tão exposta do sentimento,

fiz amor com Tua alma naquele momento...

Rosilayne Vasconcelos
Enviado por Rosilayne Vasconcelos em 10/11/2012
Reeditado em 02/12/2014
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