O POETA E A SETA

O POETA E A SETA

O poeta

Atira sua seta

Atingindo no coração

Aqueles que sofrem de paixão

A seta de grafite

Risca o papel sulfite

Elencando emoções

Enlevando devoções

Estrofes carnais

Encontros verbais

Sagas de amantes

Loucos rompantes

Os versos se entrelaçam

Quais corpos que se amassam

Gerando doces frutos do pecado

Maçãs de amores mastigados

Segue enchendo folhas

Derramando pétalas

Seja lá a flor que se escolha

Descrevendo com gala

Amores de todos os tipos

Inexistência de mitos

Transbordando ardências

Extinguindo carências

Escreve poeta

Da poesia asceta

Deixa transbordar a ternura

Enche de amor a moldura

Louva os amantes

Nos atos e antes

Desde o trocar de olhares

Até o desaguar dos mares

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 12/11/2012
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