Não por acaso

Não por acaso à noite observei

Com os olhos de antes, diferente.

E a sua imagem eu notei,

Entre as nuvens de repente.

Entre a cor negra furiosa

Seu distinto cauto rosto,

De tal força assombrosa...

E de esperança e desafio, assim composto.

Não por acaso tocou-me a sutileza,

De maneira a vibrar o inconsciente.

Os seus passos, então, deixou-me indefesa,

Próximo e mais próximo lentamente.

Espreitou-me a célula mórbida,

Mas este não é o verde fim.

A minh’alma é insana, sórdida;

Desejo tão somente a sua pra mim…