Amar a poeta !

Amar a poeta,

que doce tortura...

Me ver em seus versos,

que não fez para mim...

Cada linha, cada reticência,

é de mim que falam...

A poeta amou muito,

muito viu, muito viveu...

Ai de mim, que nunca amei, eu !

Amar a poeta,

que doce amargura...

Estar em seus versos,

e não ser sua figura !

Sua história passada

me enche de ciúme,

registrada palavra por palavra,

nas linhas que falam que foi adorada...

Mas isto não é queixume !

Amar a poeta,

que doce tontura !

Iludir-me que agora,

serei sua loucura...

Luiz Augusto Brandini
Enviado por Luiz Augusto Brandini em 04/03/2007
Código do texto: T401134
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