ODE

Gosto de andar sem rumo

Sem pensar em aprumo

Gosto de comer chocolate,

Gosto das bocas escarlates

Das modelos nas vitrines

Gosto de olhar o por do sol

Sem ter nada que fazer

Gosto de cantar pra todas as mulheres

Meus hinos de louvor a elas

Mesmo que a garganta muda

Não encontre as palavras

Exiladas neste silencio

Ainda assim eu sigo a cantar por dentro

De ver, observar, (A rua tem tantos lamentos)

Gosto de toda esperança dançando nua

Porque é um sinal que a vida segue

Gosto de pensar que posso seguir

Sua sombra pelas arcadas dos desejos

Gosto de pensar que as estrelas, são minhas

E achar que numa delas você mora

Que virá me ver depois que o sol partir

E toda realidade adormecer

Gosto de ver o sorriso das mulheres,

Inebria-me o brilho, o lume

Seus seios que provocam, contudo

São as bocas que me atraem

Porque meus olhos, meu Deus! Teimam em despertar

Tantos sentimentos?

Queria apenas sentir o vento

Passando a mão nos seus cabelos

Mas eu gosto das cores dos lábios, ora claro, ora mel, ora vermelhos

Gosto de sentir a ilusão que alimenta os sonhos

Gosto dos olhares buscando aprovação nos espelhos

Gosto de ver os abraços mesmo quando não são para mim

Porque eles aproximam as pessoas

Gosto dos beijos mesmo quando não os sinto

Porque tiram a solidão dos lábios

Gosto de ver a cor do poente, a curvatura do horizonte

Gosto de pensar aos montes

Nos batons que usarão amanha,

E imaginar que o mundo vai prosseguir com suas cores

E o mundo será mais ameno

Nos lábios das mulheres lindas!

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 01/12/2012
Reeditado em 22/02/2015
Código do texto: T4014175
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