Viajante

Sou mera viajante

Nessa estrada que me vai adiante

Tropeçando muitas vezes

Ora nos sonhos, cativeiro da felicidade

Ora na realidade, cega, torpe, meliante

Sou mera viajante

Neste teu olhar distante

Onde outrora corrompi o que vivi

No deleite a ternura que senti

Ah! Se deixei de existir, pobre de mim...

Sou mera viajante

Mulher, amiga, amante

E na coadunação, o que restou de mim?

O que ficou de ti?

Antes do sim, depois do não, talvez o fim

Sim, sou viajante, mera viajante

Repousando à sombra deste teu semblante

Página primeira de ilusões perdidas

Uma gota à mais de emoções sentidas

Alma de um poema senil, sutil, agonizante.

SIDNEYA ROSSI
Enviado por SIDNEYA ROSSI em 05/12/2012
Reeditado em 07/09/2015
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