A MESMA ESTRELA

Cada gargalhada em mim

é um deserto...

É o eco de uma vida por viver!...

E tu vês no meu riso…

um oásis!...

Este brilho nos meus olhos

é fogo-fátuo...

São reflexos de antigas esperanças vãs!...

E tu vês nos meus olhos, raios de luz...

Este jeito em meus lábios

é raiva...

É vontade de morder quem me domina!...

E tu vês nos meus lábios…

desejos de ternura!...

Nas minhas mãos doridas…

há espinhos...

Das rosas que não colhi!...

E tu vês nas minhas mãos,

carícias perfumadas!...

- Que importa o que eu sou!?...

- Que importa o que tu vês!?...

Que importa que eu seja ou não:

deserto, oásis, fogo-fátuo, raio de luz,

raiva, ternura, espinho ou carícia perfumada!?...

O que importa sim... é ter as tuas mãos nas minhas mãos

...e olharmos os dois... a mesma Estrela!...

Gisela Sinfronio
Enviado por Gisela Sinfronio em 05/03/2007
Código do texto: T402160