Alegria, Jiló e Vida

Atirei o Jiló num rio

e fiquei ali na margem

logo percebi na água

o reflexo de minha imagem.

Atirei o Jiló num rio

e notei em minha face

logo me veio a pergunta,

por que tu me abandonaste?

Atirei o Jiló num rio

em mim a água respingou

no mesmo instante,como mágica

uma lágrima escorregou...

Atirei o Jiló num rio

na hora um Cardume passou

Sorriu e disse o Peixe mais velho:

Isto é Dor de quem muito amou!

Atirei o Jiló num rio

bateu na água, novamente

os peixes, em coro, disseram:

Amas muito, certamente

Atirei o Jiló num rio

e caiu longe, perto de uma garça

com medo, retrucaram os peixes:

Grande tristeza, mas logo passa!

Atirei o Jiló num rio

sofrendo, com minha lida

Disseram os peixes na mesma hora:

É preciso Alegria na vida

Atirei o Jiló num rio

e reparei na água, cor de betume

Disse-me um peixe grande:

Joga fora o Teu Ciúme!

Atirei o Jiló num rio

ele foi rápido como uma lança

Me disse um peixinho novinho:

Ame como uma Criança!

Atirei o Jiló num rio

e com ele foi minha amargura

Com tudo dito pelos peixes, pensei:

Porque fazer a vida tão dura?

Joguei o último Jiló no rio

notando os peixes nadando

Já com um sorriso no rosto

senti a Alegria e o Amor voltando...

Com este simples fato

A Alegria veio sorrateiramente

Muito aprendi com os peixes

Ame a vida Eternamente.

Guilherme Venâncio
Enviado por Guilherme Venâncio em 07/12/2012
Reeditado em 16/03/2015
Código do texto: T4024190
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.