Poema de Amor II
As flores exalam seu aroma rascante
A fumaça ascende ao céu nebuloso
Vejo seus olhos.
As cores transmitem agradáveis sensações
As dores se extinguem num mar de emoções
Vejo seus lábios.
O mar se revolta e cospe sua fúria
A gaivota alça vôo na calmaria matinal
Vejo seu sorriso.
Os pelos se eriçam quando a gata se assusta
O vento açoita as frondes das árvores
Vejo seus cabelos.
O sol ilumina meus passos errantes
A lua lança dardos prateados sobre nossos corpos
Vejo seu rosto.
Um brilho fugaz, radiante e intenso
Não existem fronteiras quando o desejo se insinua
Há beleza nas formas perfeitas do seu corpo.
Corremos sem rumo por um bosque verde
Encontramos a vida em cada curva
Nas pedras nos amamos
Na relva rolamos e nos perdemos
Fundimos nossos corpos, anseios e dúvidas
Tornamo-nos o Universo
É eterno, infinito e belo
É Você.
CARLOS CRUZ - 1990