Menina

Ó Menina...

Se tu tivesses consciência,

De como a tua presença me desconserta,

Mantendo-me ansioso e encabulado,

Fervoroso mesmo no auge do frio.

E do profundo vazio que sinto,

Quando não lhe tenho em meu campo de visão,

Vazio que se mistura com um estranho prazer de liberdade,

Pois é hipnótica a tua presença,

E assim com tua ausência,

Liberto-me do teu encanto.

Quero que saibas...

Que este profundo desejo enigmático dos teus olhos,

Aguça minha vaidade.

Que este mistério que vaga por entre teu corpo,

Desperta minha mais ardente curiosidade.

Saiba agora...

O quanto é mágico e fascinante para mim,

Este misto de inocência e rebeldia,

Que transmite o teu ser.

E Que às vezes vontade tenho,

De infiltrar-me em teus pensamentos,

Sem a tua percepção,

Desvendando teus segredos anonimamente.

Sei que não aumentariam minhas chances,

De sentir os teus lábios,

Mas aumentaria a minha coragem,

Para encara-la com mais segurança.

Reduzindo os meus versos,

Quero dizer que lhe amo,

Que tu tens suma importância no meu mundo,

E pensar em ti ilumina meu caminho.

Mas,

as vezes minha menina,

Ponho-me em uma inacreditável dúvida...

Não sei se realmente desejo possuí-la,

Amedronta-me o pensamento,

De ter tudo o que sonhei,

Pois é vendo-a como um troféu,

Como um prêmio por meus esforços,

Que minha vida faz sentido.

Juliano Viana
Enviado por Juliano Viana em 04/08/2005
Código do texto: T40302