Sorrateiro
Não deixei aberta a porta,
mesmo assim ele entrou,
vagou por minhas veias mortas
e meu coração ele encontrou.
Como fogo me aqueceu,
e sua luz em meu olhar brilhou.
Os sentimentos em cinzas,
ele em mim reacendeu,
e a chama sua em mim, outra vez queimou.
Não deixei aberta a porta,
mas isso não o intimidou,
arrombou os cadeados do meu peito,
e deixando-me sem jeito,
logo em mim se instalou.
Fez reviver em mim,
a esperança de ser feliz.
Curou-me da velha dor,
deu-me a alegria que pedi.
Não deixei aberta a porta,
mesmo assim ele entrou,
e veio tão sorrateiro,
que nem vi que era o Amor.