Tu.

Porque?

Porque é por ti que os meus olhos choram,

Porque é por ti que os meus beijos clamam,

Porque contigo sou feliz, quando os meus lábios roçam os teus.

Porque?

Porque é por ti que minha alma inquieta se engalana

E meu desejo por ti cada vez mais se inflama

E derrama nessas infláveis e mirabolantes camas que nos resistem bravamente por aí...

Porque?

Porque é por ti que minha tez me denuncia, pois ao sentir o teu calor se arrepia

E irradia os sinais visíveis de quem te quer por demais;

Porque és o oásis nesse meu deserto, onde deito, durmo e desperto

E nas auroras finco a tenda, mato a sede, e me protejo do segundo sol

E das noites infindas de temperaturas glaciais.

Porque?

Porque és a minha luz, a minha estrela guia

Porque me és uma espécie de assepsia

Dos meus turvos pensamentos, dos meus tristes dias

Porque repletas-me de felicidade e remete-me à minha tenra idade

E me deitas extasiado e salvo nos intrépidos, cálidos braços alvos da confortante e inebriante paz.

Porque?

Porque é por ti, minha cara, que versejo, é por ti que dos orbes desejo

Fazer o mais lindo e brilhante colar...

Porque és o meu ensejo, a lente de onde vejo o céu dos meus desejos por teus beijos se agigantar.

Porque?

Porque sem ti meu mundo é nada, nem limão, nem limonada

Osso duro de roer...

Porque só tu és a minha amada, por meus sonhos venerada,

Porque és a definitiva resposta de minhas escolhas, de minhas apostas e desses desnecessários porquês.