Presságio
Minha boca já bebia gotas mornas de entardecer
antes dos pássaros ornarem os horizontes
 
Meus braços já sabiam do vento e suas mudanças,
brisas vertiginosas adentrando por entre os veios
 
E eu o pressentia...
Meu céu... Meu chão... Meu meio!

 
Avistava os dentes rangendo sob a fome do predador
e a neblina d'um tempo complacente a me enlouquecer...
 
Ouças o qu’eu digo:

As pétalas de meus olhos
já reclinavam-se às margens de tu'alma

 
Posto qu’eu  já o sentia, antes de o conhecer.




Denise Matos

 
DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 21/12/2012
Reeditado em 21/12/2012
Código do texto: T4046931
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