Menina

Desperta fascínio, menina

Mais que isso, impublicáveis noites despertas em mim

Apertas meu eu em mim mesmo e despertas demônios

Demônios engarrafados e entorpecidos...

Despertas insanidade, menina

E pra quê mesmo saber dos teus caminhos passados?

Despertas o fim dos dias nublados...

E me levas além das noites quentes...

Despertas a última dose e a primeira também...

Recomeços e "redosagens"...

Despertas trilhas novas e o querer da tua...

Andarilho que sou, por poeta ser...

No galope de dores e amores arquivados...

Desbravar a tua trilha confusa...

Cheia de vielas escuras...

Tomada de labirintos e animais famintos de mim...

Assim tu és, menina...

Sede de amor e correnteza...

Pedro Hermes
Enviado por Pedro Hermes em 21/12/2012
Código do texto: T4047069
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