Quatro paredes

Disfarce,

o palco se abre

a vida acontece.

Nua e crua

entre quatro paredes.

O jogo tentador.

Bocas com gosto de amoras pretas.

Vinho.

Rosas maduras.

lençóis de seda.

As paredes escondem:

segredos,

canções e luas acesas.

Quantas estrelas peregrinas!

Retratos sobre a mesa.

A alma,

essa flor que me dói.

O casulo virou borboleta

entre a volúpia e ausência.

Dona dos mistérios.

Uma libélula.

Alcança o céu

dentro do mar

em meu peito aberto.

Verônica Partinski
Enviado por Verônica Partinski em 08/03/2007
Código do texto: T405082
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