Na rede da tranquilidade
O coração da gente não se guia,
mal se direciona,
mal se fantasia...
Se encontra um caminho,
sempre leva a outros,
caminhos...
Por vezes indeciso,
nunca é preciso,
se precisa,
vive escondido...
É um tiro no escuro,
que sempre pega em alguém,
se não tem,
inventa,
sem tem guarda alguém...
E luta,
bate forte,
foge,
reluta,
morre...
Ressuscita por alguém,
que preferiu morrer,
mas nunca morre,
se morrer,
sempre está a nascer...
Do medo à vontade,
o segredo,
a saudade,
o desejo...
Na realidade,
o coração bate,
na cara da paciência,
e dorme,
na rede da tranquilidade...
Por um só segundo,
depois,
adeus saudade!