Te Amo. Simplesmente, Te Amo
Sou vésper
Aspergido nas ilusões da vida
Me perdi
Em versos, emoções...
Dispersas as minhas ânsias
Quase não se sabem
Se vão, se ficam, o que seriam...
Somente o reverso do que fui
Na busca incontrolável
Por mim mesmo...
Sou véspera
Do que espera-se, inconcluído.
Incompleto, inerte, insosso,
Não faço do fosso meu poço
Nem posso.
Apenas ócios e ossos expostos
Pelas fraturas da vida...
Ah! Salgada saudade quem há de dizer?
Se ser o que sou, melhor nem se ser...
Melhor me perder no vento...
Invento o meu cais,
Se vou ou se vais,
Será?
Não ser rei, não seria, serei?
Mas sei que te amo,
Deste amor quase quieto,
Inseto em busca da flor.
For ou não forte,
Sorvo essa sorte
E me inverto num vértice
Vertendo meus cálices.
As hélices se partem.
Pteros quer dizer asa...
Lépida, coleópteros, helicópteros,
Lepidópteros...
Como se dizer anjos?
Só sei que em tuas asas parti,
Amada, ao nada, ao nunca, mas leve...
Me leve, me enleve, amor que me serve?=
Qualquer...
Mesmo que breve, mesmo que em trevas
Entrevas meus sonhos...
E levas em levas enlevas, em relvas, salvas das selvas
Das servas solidões...
Te amo!