Tenho sede
Sede do belo
Sede da arte
 
Tenho sede da poesia
Lida, declamada, sentida
Da poesia cantada que faz viajar
Da vida que se faz poesia ao caminhar
 
Sede da música que acalma
De sentir o gotejar de versos
Embalados no lamento de um saxofone
E os olhos perdidos no nada
 
Tenho sede
Sede de viver
Sede de paz
 
Sede de um romance intenso e terno
Do canto matinal dos pássaros
Da chuva fria caindo nas flores
Dos jardins sob as janelas
 
Tenho sede de pessoas sinceras
De abraço silente e completo
De olhar profundo e meigo
Da lágrima que se mistura ao sorriso
 
Sede que apenas se sente
Não se entende
Sede de mim
 
Sacia-me então
Dá-me  tua poesia
Tua rima
Teu olhar de menina
 
Mata minha sede,
Dá-me tua calma
Teu sorriso mais belo
Ouça-me com a alma
 
Sacia-me
Completa-me
Dá-me o sentido que falta
 
Vem,
Rabisque uma tela
E serei tua paisagem
Talvez a mais bela
 
Serei o perfume das tuas flores
O bálsamo de tuas dores
Estarei no timbre de tua voz
Não serei mais eu... seremos
 
Como a mais pura água
Traga vida para dentro de mim
Sacia-me!
Jefferson Lima
Enviado por Jefferson Lima em 04/01/2013
Reeditado em 28/02/2021
Código do texto: T4066696
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