A poesia do olhar
 
 
 
É pelo olhar que meu erotismo atinge o  apogeu.
Simples assim, sem explicações, sem discursos, sem palavras.
Toco, seguro, te  pego  com meu olhar,
E sinto o gosto de um manjar que saboreio até o instante máximo,
em que meu gozo explode por todos os meus poros.
Quer melhor poesia do que este clímax?
O que quero mesmo é entrar em ti,
curtindo teu cheiro, amando-a nos detalhes,
por dentro, corpo com corpo, alma com alma.
E neste choque de átomos amorosos e molhados,
quero a tua chuva torrencial inundando
a minha vida do teu tórrido amor!
Quero morrer na explosão do teu sensual olhar,
ofertando-me teu máximo prazer, numa entrega total.
E me aprisiono e me escravizo nesta sensação de infinito,
que só tu podes me dar.
É tanta delícia, que perco de vez minha identidade,
diante do teu amor transbordante e insuperável!
Sei que posso penetrar nos teus aposentos,
cujas portas se escancaram, para saciar todos meus desejos.
Para conquistar teu céu estrelado, não resisto mais!
E me entrego por inteiro a ti, beijando teus alados pés!
 
 


                   Apenas manifestação do meu "eu poético", para espantar a tristeza!


                   Com muita alegria registro aqui a magnífica interação poética da nossa amada poetisa Ana Flor do Lácio, que só fez enriquecer o meu modesto poema:


                    “Palavras são desnecessárias, quando apenas com o toque suave do teu olhar me provoca um arrepio profundo... O teu olhar intenso que brilha como o fogo, ao encontrar o meu e o desejo, que é nosso... E caminho, danço, corro, voo... É arrebatador este perder o controlo e gostar de o perder... Este descobrir as estrelas do teu céu, no meu céu estrelado, no corpo pelo corpo desejado, no abraço apertado... É encontrar-me a mim mesma no descompassado entusiasmo pela vida, pelo amor, em ritmo frenético e, ao mesmo tempo, lento... Num mar imenso de paixão... E perder-me num beijo alucinadamente quente... Contigo, para sempre