Amor sem alma!
Acelerado o peito quer falar por si
quando a alma chora o pranto ácido
da mágoa contumaz que parte de ti
na entremanhã de um amor plácido!
Envaidecido as lágrimas saboreia
enquanto a alma perde a graciosidade
erigindo um castelo, belo, de areia
e confessa ao mar a frivolidade!
Na fraga cospe torpe seu enredo
enquanto a alma salga na tristeza
tal qual uma nassa cheia de medo!
Lãnguido se esbalda de certeza
enquanto a alma apodrece cedo
Cruciante amor de desamor!