Mais nada
A cabeça não queria,
eu tentei, não consegui.
Quando me vi, já estava perdida em teus braços
e vencida pelos clamores de nossa pele.
Já não me conhecia,
já me calava,
já não me debatia,
já me entregava.
Não via mais o olhar crítico
de minha autocrítica.
Não sentia mais o cheiro do pecado.
Só o corpo calado,
o tempo parado,
teu abraço apertado.
O mundo lá fora
a luz apagada,
mais nada.