DESCASO

Às vezes o descaso

Fere mais do que um punhal

Muito mais do que ardente chama

E quando isso por acaso

Parte de quem você ama

Aí sim, maltrata geral

Não sobra pedra sobre pedra

É uma verdadeira implosão

Pois por dentro, tudo se quebra

Atingindo em cheio o coração

E depois para se juntar os cacos?

Tentar a recomposição?

Sempre vai faltar um pedaço

E os esforços são em vão

E o pior na desatenção

É a terrível indiferença

É não fazer absoluta questão

De saber o que a outra pessoa pensa

De nem se importar

Se feriu ou magoou

De nem ao menos se desculpar

Pela dor que causou

Assim agem os egoístas

Que se consideram semideuses

Não são nem um pouco altruístas

Pois pensam absolutamente neles

Isso até que caem do pedestal

Sentindo a mesma dor que causaram

Pois sempre alguém agirá igual

Com as mesmas armas que usaram

Então, aquela pessoa que foi magoada

Com o tempo, dá a volta por cima

Pois a fila anda, não fica estacionada

E o semideus? É triste sua sina

Vive a mesma afronta

Foi necessário aprender com a dor

A mesma que causou e não se deu conta

Pois deveria ter aprendido através do amor!

Sônia Maria Grillo

(Baby®)

07.03.2007

Vitória-ES

Baby
Enviado por Baby em 10/03/2007
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