A LUA POR TESTEMUNHA

O ocaso mansamente se anunciava,

A lua cheia despontava no horizonte,
Emergindo do escuro mar distante,
Aflorando a tristeza que se insinuava.
 
Iluminava as águas quentes da praia,
Com rastros luminosos de sutil encanto,
Despertava um imenso desejo que raia,
À Bela me apresenta em doce canto.
 
Banhava-se a beira do mar de verão,
Corpo de sereia, belos cabelos longos,
Sorriso indeciso, sonhos de domingo,
Estava molhada de encanto e paixão.
 
Cantava uma canção de amor perdido,
Sorria quando algo lhe tocava o coração,
Eu estava absorto, ao amor rendido,
Querendo uma vez mais investir na ilusão.
 
Acompanhei-lhe em belo dueto,
Senti emoção ao tocar sua mão,
Caminhamos errantes ao sabor da canção,
Caminhos incertos ao amor perfeito.
 
De canção em canção se fez o amor,
Durante a noite até a tenra aurora,
O sol incontinente e sem pudor,
Iluminou bela nudez que louvo agora.
 
 
 
 

Luís Jorge Vidal
Enviado por Luís Jorge Vidal em 11/01/2013
Reeditado em 12/01/2013
Código do texto: T4079628
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