Bate, coração...

De novo a chuva cai,

Meus pés ficam presos na lama,

Uma saudade me corrói e me inflama

A gritar na solidão que não se esvai...

No silêncio tétrico que amedronta

O medo não é opção, é nó...

Fobia de percorrer a estrada só

Na poeira que me encobre de ponta a ponta...

As flores do caminho parecem murchas

E nem a água do olhar que é ducha

Fertiliza o solo árido deveras abandonado...

Deserto inóspito e parceiro da dor

Que me deixou ao relento sedento de amor

Sepultando na cova rasa meu coração dilacerado!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 13/01/2013
Reeditado em 13/01/2013
Código do texto: T4082524
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