PICADEIRO

Atrás da cortina há sempre um palhaço que faz graça para criança rir vira cambalhota, pula, dança, canta e planta bananeira.

O Palhaço vive só, sem família, sem filho para lhe ensinar os truques que aprendera nas ruas com os moleques do morro .

Se apaixonou pelo circo e parece ate que saiu de uma escola de circo.

Só e só, o palhaço vive com o circo e o picadeiro.

Se alimenta dos risos das crianças, goza com os aplausos dos adultos .

No fim ninguém conhece o palhaço.

Termina mais um espetáculo

Todos vão para suas casas, menos o palhaço que fica ali no picadeiro olhando para uma bela jovem que esta na arquibancada.

Como poderia ter parado ali, pois havia deixado muito longe, agora os dois lada o a lado conversaram e trocaram informações, Ela agora uma freira e estava em um serviço voluntário naquela cidade com crianças carentes

E levou as crianças para o circo.

Ele querendo saber mais da jovem que queria se casar e ter filhos, hoje uma freira.

Quando você sumiu me disseram que tinha morrido, jurei não amar outro só aquele que foi meu primeiro amor.

Conclui meus estudos e entrei para um convento.

Fiquei muito doente tive que ir para o hospital da capital me curei e conheci um trabalho voluntario que o pessoal do circo fazia no hospital e me apaixonei pelo circo.

Sempre querendo saber mais como ficariam nossas vidas agora que nos reencontramos foi então que ela me disse secamente hoje somos duas pessoas diferentes, não vai ar certo.

Despedimo-nos e ela voltou para o convento.

Fiquei sentado no picadeiro o único amor da vida de um palhaço.

Marco Aurelio Alvino
Enviado por Marco Aurelio Alvino em 14/01/2013
Código do texto: T4084667
Classificação de conteúdo: seguro