soneto da despedida

Do meu rosto uma lágrima vertida,

soçobra no ar antes de banhar o chão.

Símbolo da minh’alma – coração;

marca de tuas palavras surgida.

Ouvi em bom tom de tua boca saída:

outro amor teu peito tinha guarida!

Primeiro, pensei, diz por emulação.

Após, conclui, falaste sem razão.

Quão duro sorver o cometimento,

de mim para mim comiseração,

às traças: toda emoção incontida.

Sugere que a hora é de partida,

encontrar-se, logo, nova paixão,

cura ao não correspondido sentimento.

di Arauj hür
Enviado por di Arauj hür em 11/03/2007
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