soneto da despedida
Do meu rosto uma lágrima vertida,
soçobra no ar antes de banhar o chão.
Símbolo da minh’alma – coração;
marca de tuas palavras surgida.
Ouvi em bom tom de tua boca saída:
outro amor teu peito tinha guarida!
Primeiro, pensei, diz por emulação.
Após, conclui, falaste sem razão.
Quão duro sorver o cometimento,
de mim para mim comiseração,
às traças: toda emoção incontida.
Sugere que a hora é de partida,
encontrar-se, logo, nova paixão,
cura ao não correspondido sentimento.