DAMA DA NOITE

Não quero mais falar de girassóis

que amarelos em amarelos

mostram-me o belo

o rei, meu sol.

Quero falar da alva flor

que se acostumou a abrir

em plenas madrugadas

subjugada ao brilho do luar

Digo dessa enigmática flor

que já no entardecer,

se a olharmos sem a perder,

inicia-se o lento processo de se abrir em amor

A 'Dama da Noite' em alva ternura

não necessita que a olhem

pois é do perfume que ela evapora

que se faz presente na rua onde passas

E por ela que casais à beira das cercas

traçam longos beijos e quentes toques

espreitam-se faceiros

e se amam a galopes.

(negra noite- 26/01/2013- 19:22h)

Milena Medeiros
Enviado por Milena Medeiros em 26/01/2013
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